quinta-feira, 19 de março de 2009

Morar sozinho


Morar sozinho é ótimo! Uma delícia!

A gente pode deixar pilhas de louça sem lavar na pia da cozinha ou a cama sem arrumar que ninguém vai reclamar; assistir TV, mexer no computador e escutar música alta, tudo ao mesmo tempo; usar meia furada, pendurar calcinha na torneira do box, falar sozinho, chorar com filme piegas, fazer barulho ou ter silêncio quando a gente quer.

É claro que tudo tem seu lado positivo e negativo. O negativo disso tudo é que toda e qualquer bagunça que você fizer ou toda a louça que você sujar terá de ser arrumada e lavada por... você! E a pior parte de tudo isso, pelo menos pra mim, é quando quebra ou pifa alguma coisa! Quer me ver desesperada e de extremo mau humor é se acontecer de queimar a resistência do chuveiro, aparecer um vazamento ou espanar uma torneira. E foi o que aconteceu comigo na semana passada!!! Espanou a torneira do tanque, do chuveiro e do registro do banheiro!!! Resultado: banheiro alagado! Detalhe: alagado às 5h da manhã, quando havia acabado de chegar em casa de um show... ahhhh que raivaaaaaa!!!

Engraçado como nessas horas não aparece um ser pra ajudar uma pobre donzela que não sabe distinguir uma chave de fenda de uma chave Phillips. O porteiro está sozinho na portaria, o zelador saiu, o encanador não atende o telefone... apelei para o “Marido de Aluguel”... e não é que ele existe mesmo? “Alô, pois não, Valdir, marido de aluguel” rs... Pena que estava na Zona Leste e eu moro na Zona Sul. O jeito foi deixar uma amiga segurando a torneira do chuveiro e ir com a outra numa loja comprar um tal de “salva registro” que o prestativo Valdir me indicou. Não preciso nem dizer que não conseguimos resolver o problema... além de ficarmos ensopadas. Finalmente chega um alívio... o vigia da noite veio tentar ajudar... fez uma gambiarra e conseguiu fazer parar de cair água do chuveiro. Depois veio o zelador que consertou o chuveiro e fez outra gambiarra no registro. E a gambiarra do registro virou um chafariz de madrugada! E a saga só terminou quando finalmente ele, o encanador, consertou tudo às 8h de um domingo!

Quanta alegria! Já que estava acordada essa hora, coisa que NUNCA acontece num domingo, pensei em fazer algo diferente tipo ir até o parque do Ibirapuera, assistir o programa Auto Esporte, enfim, ver como é a vida de pessoas “normais” aos domingos de manhã... mas depois de me olhar no espelho com a maquiagem borrada, os cabelos desgrenhados e com a roupa que usei no show e que estava com cheiro de cinzeiro, resolvi mesmo fazer o que deveria estar fazendo há horas... dormir!

quinta-feira, 12 de março de 2009

O trem passou


Já faz uns dias que não passo por aqui... falta de tempo, de inspiração, entre outros motivos... mas hoje resolvi postar.

Recebi um e-mail de uma amiga esses dias com uma frase tão certa quanto 2 e 2 são 4. Tão simples e tão verdadeira.

A frase é a seguinte:

Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre.
Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não
somos capazes de ver o novo caminho que se abriu.


Isso já aconteceu comigo. E acontece com várias pessoas ao meu redor, por diferentes motivos. Pra quem está de fora, a situação é clara como cristal. Pra quem a está vivendo, é difícil de enxergar.

A vida é feita de momentos e esses momentos passam. Ficar preso a eles, é perda de tempo. É aqui que se aplica aquela velha frase “viva cada momento como se fosse o último”. Tudo, absolutamente tudo, tem um prazo de validade, incluindo nós, vulneráveis seres humanos.

Tem gente que se apega a uma época da vida, a um amor, uma roupa, uma pessoa, sem perceber que o objeto de apego pertence a uma determinada fase que não volta mais. As pessoas mudam. As coisas mudam. E, se não abrirmos os olhos, as oportunidades passam.

E lá ficamos nós na estação, olhando o trem que acabou de partir...